Última atualização: 23 de abril de 2025
Tempo de leitura: 6 min
Entre 2025 e 2045, o mundo enfrentará transformações tão profundas quanto imprevisíveis, impulsionadas pela aceleração tecnológica, pela intensificação das disputas geopolíticas e pela fragmentação da confiança pública. Essa é a principal conclusão do mais recente relatório da OTAN, que aponta seis macrotendências que vão moldar as próximas duas décadas e nos coloca, de forma inequívoca, diante de um cenário de guerra informacional permanente. Em tempos em que espaço, ciberespaço e inteligência artificial são campos de disputa tão importantes quanto o território físico, a capacidade de monitorar e interpretar a realidade informacional se torna não apenas desejável, mas absolutamente vital. Não estamos mais diante de uma questão de escolha ou de preferência estratégica. Estamos diante de uma necessidade existencial.
O relatório não fala em tom alarmista, mas sua linguagem é clara: os próximos vinte anos serão marcados por uma crescente hibridização da guerra, na qual táticas não convencionais, como a coerção econômica, a manipulação da informação e o uso de tecnologias emergentes, terão protagonismo. Conflitos não tradicionais se tornarão mais comuns, e a lógica da “zona cinzenta” — onde não se sabe exatamente onde termina o fato e começa a narrativa — ganhará espaço. Em um ambiente como esse, quem não entende o ecossistema das notícias em que está inserido, está vulnerável.
O espaço e o ciberespaço, por exemplo, estão se tornando domínios congestionados, militarizados e altamente voláteis. Mas é no domínio simbólico da comunicação que se trava uma das batalhas mais silenciosas e impactantes da atualidade: a batalha pela percepção. A informação deixou de ser apenas um insumo para a tomada de decisão e se tornou um instrumento de dissuasão, influência e controle. A capacidade de manipular narrativas, confundir a audiência e desestabilizar sistemas sociais e políticos se sofisticou com o uso de inteligência artificial, deepfakes, campanhas de desinformação e ataques cibernéticos direcionados. Trata-se de uma guerra travada em milésimos de segundo, em plataformas digitais, por atores estatais e não estatais, muitas vezes invisíveis.
Nesse cenário, marcas, instituições, órgãos públicos e lideranças políticas estão expostas como nunca antes. Uma campanha de desinformação pode arruinar uma reputação em horas. Uma narrativa distorcida pode comprometer uma decisão estratégica. Um ruído de interpretação pode desencadear uma crise institucional. O que o relatório da OTAN mostra, com clareza, é que não se trata apenas de combater “fake news”, mas de compreender a complexidade dos fluxos informacionais, seus vetores, sua origem, intencionalidade e repercussão.
Nesse novo contexto, contar com uma empresa experiente em monitoramento e análise de informações deixa de ser uma prática tática e passa a ser uma dimensão estratégica da existência institucional. A capacidade de identificar padrões, rastrear discursos, mapear influenciadores, compreender a linguagem, o tom e a intencionalidade das mensagens, tornou-se tão essencial quanto a gestão financeira ou a segurança jurídica. E mais do que isso: passou a exigir expertise, tecnologia e inteligência contextual. É nesse ponto que empresas como a Boxnet se tornam não apenas parceiras, mas agentes de sobrevivência estratégica.
A complexidade dos cenários que se avizinham envolve ainda a fragmentação da confiança pública. O relatório destaca como o uso da tecnologia para gerar informação manipulada tem corroído a relação entre sociedade, ciência e instituições. A interpretação da realidade passa a ser cada vez mais subjetiva, polarizada e emocional. Nesse ambiente, o monitoramento inteligente deixa de ser apenas quantitativo. Ele precisa ser interpretativo. Precisa entender os contextos, os subtextos, as camadas e os sentidos. É preciso saber não apenas o que foi dito, mas por que foi dito, para quem, com que intenção e com que efeito. É essa sofisticação analítica que separa uma observação inócua de uma leitura estratégica.
Ao longo das próximas duas décadas, também veremos o crescimento da interdependência entre os setores civil, militar e privado. A integração tecnológica e as dependências cruzadas entre sistemas de defesa, infraestrutura crítica, comunicação e fornecimento de energia gerarão um ambiente ainda mais vulnerável a interrupções, ataques ou disrupções sistêmicas. A leitura correta dos sinais de alerta passará, inevitavelmente, por sistemas de monitoramento e por profissionais capazes de traduzir dados em conhecimento acionável.
Em um mundo onde os dados são abundantes, o que diferencia é a capacidade de interpretar. E interpretar exige experiência, repertório, algoritmos bem treinados e, acima de tudo, inteligência humana com senso de contexto. O monitoramento automatizado, sozinho, é insuficiente. Assim como a análise humana isolada, que está limitada pela velocidade e volume. O que se exige hoje é a combinação dos dois mundos: tecnologia de ponta com curadoria sólida, capaz de discernir entre o ruído e o sinal.
Não haverá futuro para marcas, empresas e instituições que não souberem navegar nesse mar informacional com profundidade. As ondas da desinformação não cessarão. Os ventos da guerra narrativa se intensificarão. O Relatório OTAN – Guerra Informacional já alerta para esse novo campo de batalha. A única forma de atravessar esse período com integridade é estar acompanhado de quem sabe interpretar o horizonte, ler os mapas ocultos e antecipar as tempestades. O futuro será dos que entenderem que a comunicação não é mais um instrumento de projeção, mas de proteção. E proteger-se, hoje, começa com informação de qualidade, inteligência interpretativa e monitoramento profissional.
O que o relatório OTAN – Guerra Informacional nos mostra é que o futuro da segurança está diretamente relacionado à capacidade de compreender a realidade em sua dimensão simbólica, discursiva e informacional. Em outras palavras, compreender o mundo passa por compreender o que se fala sobre ele. E, nesse sentido, o trabalho de quem monitora, classifica, interpreta e antecipa o movimento da informação se torna um pilar essencial da inteligência contemporânea. Ignorar isso é o mesmo que navegar sem radar em águas hostis. Pode-se até continuar flutuando por um tempo, mas é apenas uma questão de tempo até a próxima colisão. E, quando ela acontecer, talvez já seja tarde demais para buscar ajuda. Afinal, apenas obter a informação não basta. É preciso entender o que ela significa.
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