O capital humano e a inteligência analítica

Última atualização: 20 de outubro de 2020
Tempo de leitura: 3 min

O conceito de Inteligência Analítica, sem dúvidas, representa bem a noção de que não basta contar com a tecnologia consolidada internamente para que as mudanças ocorram e provoquem os efeitos desejados, mas sim uma integração entre tecnologia, cultura de dados e automação. Será que ela pode ajudar na aquisição do capital humano?

A capacidade de adaptação das empresas é elemento que, em tempos de crise, faz total diferença. Isso se tornou evidente nesse período de pandemia, em que tantos setores da economia tiveram que procurar por soluções imediatas buscando enfrentar o distanciamento social e garantir meios para que as equipes pudessem continuar exercendo suas atividades.

Construir uma cultura focada em dados não significa abrir mão da participação do capital humano em função de soluções digitais. Até porque, o protagonismo ainda é das pessoas. São elas que possuem todos os atributos necessários para tratar e cativar os clientes.

Nesse “novo normal”, estamos mais conectados, digitalizados e já está claro que quem não tiver presença no mundo digital vai perder espaço, mas ainda é preciso o olhar analítico dos profissionais para tornar todos esses processos uma ferramenta estratégica para os negócios.

A importância de se investir no capital humano

Para que o capital humano ajude as organizações a alcançar seus objetivos estratégicos, ele precisa não apenas gerenciar processos e desenvolver os talentos existentes, mas também determinar as necessidades de contratação e analisar as tendências da força de trabalho para permitir o sucesso futuro.

Para contratar as pessoas certas para o trabalho certo e no momento certo, as organizações estão cada vez mais olhando para a análise de dados como uma ferramenta para lidar com uma ampla gama de desafios de negócios, incluindo, em primeiro lugar, o recrutamento, seguido por medição de desempenho, remuneração, força de trabalho planejamento, tempo de contratação e retenção, entre outros.

À medida que o mercado se torna cada vez mais competitivo, acreditamos que a próxima onda de recrutamento reside no uso de insights baseados em dados para impulsionar as decisões de talentos. Este é o Talent Intelligence, uma nova maneira de aproveitar dados e insights para reinventar e melhorar cada etapa do processo de recrutamento, combinando esses insights com os instintos certos para entregar a estratégia de talento vencedora.

Habilidades necessárias para realizar o trabalho

Os insights coletados não apenas fornecem inteligência para estratégias de talentos, mas também podem ajudar a destacar a lacuna de habilidades que existe dentro de uma organização, apontando para as habilidades que são mais solicitadas em meio ao cenário de talento em constante evolução.

Dados do LinkedIn divulgados recentemente revelaram que os recrutadores estão procurando pessoas com habilidades pessoais como criatividade, adaptabilidade e colaboração. Habilidades difíceis são importantes, no entanto, com o surgimento da automação e da inteligência artificial, isso significa que habilidades difíceis sozinhas não são mais suficientes para ter sucesso.

As contratações erradas quase nunca são apenas uma questão de habilidades difíceis; e os profissionais de talento estão atentos. É por isso que, cada vez mais, eles priorizam as habilidades sociais ao lado das habilidades físicas durante o processo de contratação.

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Marcelo Molnar

Sobre o autor

Marcelo Molnar é sócio-diretor da Boxnet. Trabalhou mais de 18 anos no mercado da TI, atuando nas áreas comercial e marketing. Diretor de conteúdo em diversos projetos de transferência de conhecimento na área da publicidade. Consultor Estratégico de Marketing e Comunicação. Coautor do livro "O Segredo de Ebbinghaus". Criador do conceito ICHM (Índice de Conexão Humana das Marcas) para mensuração do valor das marcas a partir de relações emocionais. Sócio Fundador da Todo Ouvidos, empresa especializada em monitoramento e análises nas redes sociais.

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