Brand Trust: confiança e fortalecimento da marca

Última atualização: 27 de abril de 2022
Tempo de leitura: 4 min

Após as recentes polêmicas envolvendo empresas do setor alimentício, um velho conceito entra na agenda outra vez: o brand trust ou, simplesmente, confiança na marca. Trata-se basicamente da credibilidade que a empresa constrói com seus clientes e consumidores, levando-os a consumir mais, divulgarem os serviços e produtos e defender a marca para outras pessoas. O brand trust pode ser considerado uma estratégia de resultados, já que impulsiona a vendas e ainda promove uma publicidade orgânica.

Segundo o relatório “In Brand We Trust” – traduzido como “Na marca nós confiamos”-, da Eldeman Brasil, a confiança é um dos principais fatores a ser considerado na hora da compra. Ainda segundo a pesquisa, quando o consumidor confia na marca, as chances de ele comprar pela primeira vez, construir preferência pela marca e passar a defendê-la e apoiá-la são grandes. Isso cria uma popularidade para a empresa e impulsiona a percepção pública da marca.

O relatório aponta ainda que os consumidores atuais estão mais atentos nas ações das marcas do que nas propagandas em si. Segundo dos dados, 3 em cada 4 pessoas passaram a evitar as publicidades. Ou seja, a imagem que a empresa passa para seus consumidores passa a valer muito mais do que a própria comunicação em si. Quando a imagem é positiva, cria-se consequentemente uma imagem de confiança e os resultados aparecem.

Uso responsável dos dados

Segundo dados recentes, a economia digital agora vale US$ 4 trilhões globalmente. Esse dado apresenta inúmeras oportunidades e impulsiona as marcas a elevarem suas experiências digitais. Entretanto, inevitável para todas as marcas, hoje a fidelidade do cliente e o crescimento dos negócios nesta economia dependem fundamentalmente da confiança.

Os consumidores digitais esperam que as empresas devam agir em conformidade com os propósitos da marca, e respeitar os dados dos clientes na hora de entregar experiências. Segundo a edição de 2022 do “Adobe Trust Report” – traduzido “Relatório de confiança da Adobe”-, mais de dois terços (67%) dos consumidores dizem que deixariam de comprar de uma marca que: usa seus dados sem permissão, sofre uma violação de dados ou desrespeita suas preferências de dados.

Apesar da expectativa, ainda segundo a pesquisa, menos da metade (43%) dos líderes de negócios classificam os processos de governança e privacidade de dados como uma prioridade. Quando os dados do cliente são usados para criar e fornecer experiências personalizadas, a confiança do consumidor aumenta. O erro, ao contrário, compromete não somente as relações individuais com o público, mas também compromete a própria reputação da marca. Em um cenário promissor de oportunidades, mais do que nunca, é preciso estar atento as necessidades dos usuários utilizando os dados de maneira eficaz e responsável.

As oportunidades do Brand Trust

Com a economia digital crescendo em disparada e a preocupação cada vez maior dos consumidores em relação à privacidade e segurança de dados, estabelecer uma relação de confiança com os usuários se tornou vital para as empresas. Apresentamos algumas oportunidades frente a este cenário:

Customer Data Plataform (CDP)

As plataformas de dados do cliente – CDPs – unem vastas faixas de dados em um perfil único e facilmente detectável para potencializar experiências, incluindo personalização baseada na web e em aplicativos, garantindo que marcas encontrem seus clientes no lugar certo e no momento certo.

Personalização em escala

Criar experiências pessoais que demonstrem que a marca enxerga o mundo da perspectiva do consumidor, entendendo suas frustrações e o que é de fato importante para ele. O sucesso do método consiste em fazê-lo rapidamente e de maneira escalável. Isso significa ser capaz de oferecer personalização em série – experiências relevantes em tempo real para todos os clientes em todos os canais, em todos os ambientes. Tudo isso para milhões, em milissegundos, respeitando sua privacidade e preferências.

Jornada assertiva do cliente

As marcas que conectam o físico e o digital para criar mundos imersivos novos e emocionantes serão aquelas que florescerão. Mas, atingir este resultado, será preciso o uso de ferramentas e recursos para criar, enriquecer, refinar e ativar audiências dinamicamente, ao mesmo tempo em que determina o melhor conteúdo, ofertas e mensagens para entregá-los em todos os pontos dessa jornada contínua do cliente.

Compartilhe:

Marcelo Molnar

Sobre o autor

Marcelo Molnar é sócio-diretor da Boxnet. Trabalhou mais de 18 anos no mercado da TI, atuando nas áreas comercial e marketing. Diretor de conteúdo em diversos projetos de transferência de conhecimento na área da publicidade. Consultor Estratégico de Marketing e Comunicação. Coautor do livro "O Segredo de Ebbinghaus". Criador do conceito ICHM (Índice de Conexão Humana das Marcas) para mensuração do valor das marcas a partir de relações emocionais. Sócio Fundador da Todo Ouvidos, empresa especializada em monitoramento e análises nas redes sociais.

Entre em contato

Descubra como a sua empresa pode ser mais analítica.