Última atualização: 19 de julho de 2020
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Ainda em 2006, o matemático do Reino Unido, Clive Humby, proferiu a seguinte frase: “Dados são o novo petróleo”. Desde então, essa expressão do especialista em ciência de dados passou a ser uma espécie de mantra para diversos executivos de grandes companhias pelo mundo. Essa frase pode ser parafraseada para ‘Dados são o petróleo do século XXI’.
O surgimento das redes sociais, ainda no início dos anos 2000, tornou o acesso às informações pessoais uma ferramenta importante para conhecer não somente o usuário da plataforma, mas entender e perceber como esse cliente ou consumidor se comporta, o que o atrai, suas motivações.
No fim dos anos 2000, tecnologias como a conexão 3G e a maior velocidade de processamento dos smartphones permitiram uma maior conectividade entre pessoas ou entre pessoas e empresas. Desde então, o uso desses aparelhos aumentou e sua popularização disparou. Pesquisa da Strategy Analytics, divulgada em junho de 2021, estima que 3,85 bilhões de pessoas possuem smartphone, ou seja, metade da população global.
Usando a metáfora de Humby, são 3,85 bilhões de jazidas de dados prontas para serem exploradas por quem souber por onde começar, o que procurar, como utilizar as informações coletadas. Todas essas pessoas produzem toneladas de dados diariamente, contudo, apenas saber que eles existem não ajuda em nada.
Ao contrário da indústria petrolífera, que obtém valor diretamente do petróleo, os dados necessitam de refinamento, transformar em informação útil para ser utilizada. Portanto, existe o papel de analisar cada informação a fim de categorizar todos os elementos presentes naquilo que foi extraído.
Esse processo é o grande desafio das empresas para o século XXI. De modo geral, sempre estivemos trabalhando com dados, porém o volume, velocidade e formas com que essas informações chegam mudou drasticamente. A tecnologia interferiu e vai continuar interferindo nesse processo.
Receber uma quantidade massiva de dados implica em lidar com grandes volumes. O cérebro humano ainda é incapaz de lidar com toda essa gama de recursos. Grande parte da riqueza dos dados está na forma analítica com que são trabalhados, como são organizados e tabulados. Como geram painéis para entender e gráficos para compreender momentos específicos. Otimizam a formação de cenários, guiam na tomada de decisões, proporcionam estratégias para o futuro.
Todas essas ações demandam e dependem de mais tecnologia, como Machine Learning e Inteligência Artificial, por exemplo. Segundo Piero Scaruffi: “o produto dos dados gerarão mais dados”. Ou seja, as possibilidades aumentam de maneira exponencial, quase inesgotável.
Muitas empresas já descobriram as benesses de conviver com essa nova ordem. Essa jornada de transformação na maneira como as informações são analisadas indica o futuro do Big Data. De forma analítica, conseguir performance no mundo competitivo com o que já observamos e projetamos para o futuro. Estamos sentados em uma verdadeira riqueza, mas exploramos apenas a ponta do iceberg.
Contudo, para cada ação existe uma reação. Com cada vez maior exposição e o valor percebido por essa verdadeira riqueza, alguns inconvenientes apareceram. Escândalos envolvendo o vazamento de dados tornaram-se públicos e contribuíram para a discussão de medidas para proteger e regular esses elementos.
No Brasil, tivemos a promulgação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) que visa proteger os direitos de liberdade e privacidade no tratamento dos dados pessoais, inclusive nos meios digitais.
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